segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ponyo, Ponyo!!

Fim de semana dedicado aos amigos. Foi bom revê-los, conversar, bebemorar e tudo mais. Além disso tudo de bom, vi a alguns filmes. Nenhum lançamento, mas digo que um deles é digno do meu comentário. Ponyo, um anime criado pelo grande Hayo Miyasaki, conta uma história simples e inocente. Como todos os desenhos da Gihbli este também possui sua crítica. É possível ver e sentir toda a repulsa que o homem faz perante a natureza.

Ponyo conta a história de uma "deusa" do mar que se apaixona por um menino. É como uma pequena sereia, ela quer ser uma menina para viver ao lado de seu amor, e faz de tudo para isso. O menino, franco e belo de coração a aceita independente da forma que ela apresenta. Os dois passam por provações que ao final é concedido um prêmio, por assim dizer. As críticas aparecem todo o tempo, mas nos olhos das crianças isso não é tão visível, mas adultos, preparem-se! porque isso mostra o que podemos fazer com o mar... o quanto podemos destruir.
Miyasaki foi inteligente em criar essa história, e como em todos os seus animes mostra o quanto a natureza pode ser sua amiga, ou sua inimiga. Recomendo esse filme, bem como todos os outros dos estúdios Gihbli (sou ficcionada por essa companhia e em especial por Miyasaki). 
Aprecio muito o que fazem, seus traços e também a forma como produzem seus desenhos. A maior parte é manualmente, na verdade é para se ter um visual do que irá ser feito pelo computador, leva-se um tempo para construí-los, mas se tornam uma obra de arte primorosa. Suas músicas são outro ponto forte. Pegam como chiclete em sua cabeça, fofinhas, para que as crianças possam cantar e fortes para os adultos não se sentirem fora do contexto. 

Trailer Ponyo:
http://www.youtube.com/watch?v=IFZMfNYgGhs&feature=related

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Já pensou em si mesmo?

O filme dessa semana foi Comer, rezar, amar, de Ryan Murphy. Com Julia Roberts no papel principal o filme tenta mostrar a vida de uma jornalista em busca do seu eu, de sua identidade a tanto perdida. É um encontro com diferentes culturas, diferentes vidas. Um aprendizado, onde nunca sabemos o que perdemos até ter a chance de vivenciá-lo.
Produzido em 2009, ele possui pontos em que podemos nos identificar plenamente, nas perguntas que a própria personagem faz a si mesma. Há momentos parados no filme, mas que compensam a você uma chance de digerir tudo aquilo que está passando à seus olhos. Em outros momentos você chega a se perguntar, estou vivendo uma vida que escolhi? Já dediquei quinze dias, uma semana que seja da minha vida a mim mesma? São perguntas que vão te pegando de jeito até o fim da película.
A fotografia é maravilhosa e te dá a sensação de que o país vizinho é realmente mais belo. Há uma mistura de atores de outras nacionalidades, um ponto para a produção que soube escolher bem os atores. Só o gol contra é a participação de um espanhol no papel do brasileiro. Claro que ele é ótimo ator, não vou tirar os pontos de Jarvier Bardem, mas por que não um ator de língua portuguesa? Um brasileiro? O sotaque ficou um pouco forçado, mas para quem não fala a língua latina não irá perceber esse pequeno deslize.
Vou ser sincera, essa película marcou bem no meu cerébro, por me fazer reflitir o quanto vivemos nossa vida para nós mesmos e o quanto para outros ao nosso redor. Algumas vezes percebo que somos meros marionetes, bonecos articulados que mexem ao sabor do vento soprado pelo vizinho, pelo amigo ou pelo seu amor. É difícil notar que precisamos soltar as amarras, nem que seja por meros segundos, para sabermos que temos uma vida tão grandiosa e abençoada ao nosso poder. Só precisamos saber experimentar, tomar a coragem para seguir em frente.
Recomendo!

Para não deixar de ser vou deixar o link do tio youtube com o trailer do filme.... para ficarem com gostinho de quero mais.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

No twitter está a maior comoção por conta de uma entrevista que a escritora Anne Rice concedeu a uma revista americana. Nela, a autora de livros como "Entrevista com o Vampiro" deixa bem claro que não curtiu a versão vampiresca de Stephenie Meyer. Para ela vampiros não tem o porquê de frequentar a escola, poderiam usar seu tempo para fazer outras coisas mais interessantes, como viajar.
Bom vamos e convenhamos, as duas são boas escritoras porque vende a determinados públicos.
Anne Rice criou um universo vampírico ímpar, onde vemos emoções brotar no mais bruto dos corações. Seu personagem crucial, Lestat, foi despertado aos vinte e poucos anos, egocêntrico, inocente em alguns momentos, amável. O vampiro perfeito. Para mim foi um dos personagens que mais adorei de seus livros. Já Stephenie Meyer fala de um mundo de fadas, onde vampiros brilham como cristais, e voltam a escola de anos em anos. Ambos tem romance, só que no primeiro o mundo é mais malígno, mas evil, e no segundo o romance é parte principal, na verdade o primeiro amor, a vida na escola e coisas do gênero. 
O engraçado é que vemos isso em alguns mangás e animes, onde o primeiro amor é discutido com tanto entusiasmo quanto em qualquer outro lugar. Aqui os vampiros podem andar durante o dia, comer, fazer sexo, ou seja ter uma vida quase normal. 
Perguntei a um amigo sobre isso, e segundo o próprio há histórias de vampiros orientais em que eles tem um vida diferente da ocidental. Não é tão mal e podem fazer realmente algumas coisas. Interessante como o mundo gira não? =3