quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Poesias, ah as poesias, sempre tão lindas, tão poéticas e lacrimosas que nos fazem pensar no amor perdido, na saudade que dói. Pois é, mas aí eu me deparo com isso aí... e agora o que me diz?


Soneto da Cagada
Bocage

Vai cagar o mestiço e não vai só;
Convida a algum, que esteja no Gará, 
E com as longas calças na mão já 
Pede ao cafre canudo e tambió:

Destapa o banco, atira o seu fuscó, 
Depois que ao liso cu assento dá, 
Diz ao outro: "Oh amigo, como está 
A Rita? O que é feito da Nhonhó?"

"Vieste do Palmar? Foste a Pangin? 
Não me darás notícias da Russu, 
Que desde o outro dia inda a não vi?"

Assim prossegue, e farto já de gu, 
O branco, e respeitável canarim 
Deita fora o cachimbo, e lava o cu. 

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