segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ilegalmente

Ser imigrante não é fácil. Principalmente se você se mudou para um país sem ser aceito legalmente. A vida que a imigração ilegal proporciona não pode ser dita como legal, nem posso afirmar que seja ruim ou boa. Muitos filmes, livros e reportagens mostram como a vida dessa pessoa é ou foi durante sua estada no país de seus sonhos. Massacre no bairro chinês, original San suk si gin, tem como fundamento a vida de imigrantes chineses ilegais no Japão (sim gente, não é só os EUA que tem esse problema!). É um filme sério, difícil e algumas vezes tenso.
Jackie Chan dá a vida a Tieto (nas dublagens americanas ele se torna Nick, o porquê da mudança de nomes eu não sei, mas achei meio estranho) um mecânico que abandona sua vida na China para ir atrás de sua namorada que foi ao Japão tentar ser rica. Ele passa por muitas dificuldades até encontrar seu grande amor. É através dele e seus companheiros que conhecemos a vida dos imigrantes ilegais, quais trabalhos estão fadados a ter e o que podem fazer para se tornar legais. A criminalidade, nesse ponto se tornou um ponto forte para eles. Não digo que todo ilegal tem que entrar na criminalidade para se tornar alguém dito como cidadão do país ao qual almejou, mas nesse filme em específico foi demonstrado essa visão. (por favor se você for tentar imigrar para outro país tente de forma correta e legal, ok?)
É um dos filmes mais sérios de Chan, que ficou conhecido por seus trabalhos cômicos em meio a filmes de ação. Em algumas entrevistas concedidas durante a divulgação do filme Karatê Kid, Chan afirma que este filme foi muito difícil de fazer devido a carga dramática a que ele dispõe. A batalha pscicológica e moral que ele trava é demonstrada durante todo o período da película.
Digo que gostei por ser sobre um assunto que até então não conhecia a fundo, e também por ver um lado que desconhecia da atuação de Jackie Chan. Não consegui ver ao filme na versão original, apenas na dublagem em inglês, que afirmo ser um pouco sofrível, como delay no áudio, ou traquejos que os atores fazem durante a atuação que não entra na versão em outras línguas (nada contra os dubladores, aliás, os brasileiros ficaram melhor nisso, mas sou a favor das versões originais com legenda).

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