O quanto uma mente pode seguir com um conceito de linearidade? Você por certo já se perguntou de onde vemos? Como fomos criados? Perguntas que por mais que seja preenchida pela fé ou pelo ceticismo continua na busca por algo concreto.
Bem, em A Árvore da Vida (The tree of life) Terrence Malick tenta transpor através da película tudo aquilo que sente e acredita. Suas dúvidas aparecem em imagens vivas, inebriantes. Malick, diretor conceituado por trabalhos marcantes como Além da Linha Vermelha (The Thin red Line), de 98, tenta mostrar somente por imagens, com pouquíssimas narrações, o que o homem sente perante àquilo que não compreende.

O filme em alguns momentos chegam a lembrar aos documentários da National Geografic, cenas de parar o fôlego e encantar àqueles apaixonados por imagens marcantes (eu sei estou repetitiva, mas foi o que mais me marcou nesse filme de duas horas e meia). A linearidade não é levada em conta e, pode-se perceber isso ao tentar entender os vais e voltas.
A luz é presença marcante nesse filme, a fotografia outro estupor de vida e tudo regado a batalha entre a crença e o cetismo. Além de nos encontrarmos com a luz e a iluminação presente sempre que nos deparamos com o escuro, temos também a água, e, segundo alguns críticos, é a representação da vida, do útero materno.
Vencedor da Palma de Ouro, em Cannes, A Árvore da Vida coloca com exatidão como a mente humana funciona, a loucura que temos diante da dor e da incompreensão da vida. Como o próprio título diz, o centro da vida é representado por uma evolução humana que tende a ser intocada até o momento em que duvidamos de nós mesmos.
A Árvore da Vida, discussão sobre crença, redenção e fé.