sábado, 3 de março de 2012

devaneios indecentes

Vale dos encantos...           by Celina Luiza de Souza



Voar como as assas de um pássaro no céu.
Sentir o vento que acaricia o rosto; vivendo a alegria do calor amigo.
Tantos sentidos, tantas emoções.
A mim, não vens. Como o amigo fiel que deverias sempre ser.
Foges, enganas.

A flor que precede o cheiro.
O corpo que segue o sangue.

Estrelas no céu a brilhar guiam o caminho.
O arco-íris com sua multicor estrada aponta o tesouro.
Como o sol e a lua, o amor é infalível.
Como os deuses, a liberdade é imbatível.

Voe pássaro meu.
Encontre a felicidade no fim da estrada de cores, como Dorothy.
Bata três vezes na certeza da volta.

Arremate as penas ao fulgar do vento.
Sinta o frescor que só ele pode fazer.
Deixe-me ao calor das estrelas e ao frio da manhã.
Deixe-me com essas palavras pobres e rima indecente.

Abandone àquele que jurou voar pelo tapete da escurido ao infito.
E com a luz do mercador iluminar o caminho com as estrelas de um amanhã.

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