Ele está lá brilhando, um amarelo quase branco domina o céu sulista,
o rei dos reis, está lá mandando seu recado, glorioso perante os demais astros do espaço.
Uma sombra? Só a que queima em nossa imaginação, fervendo junto aos calores desse verão que acontece nesse início de 2010.
Pelo corpo uma gota corre, safada, chama a atenção por onde passa.
Não é a mais bonita, porém domina os caminhos por onde as mentes mais profanas não conseguem.
O calor mata, torra, engana.
O que vemos não são mar de rosas,
são mares de fumaça, que brota do asfalto preto atrás de um pouco de frescor.
O mar, o que refresca, o que abençoa a alma está lá,
longe, imponente mostrando que até ele se reverencia ao astro rei.
O que fazer?
O que vestir?
Nu em pelo já não me faz mais sentir a tranquilidade de uma sombra.
Dormir perante ele já não mais me sacia.
Ver as mil faces de uma branca nuvem num céu de brigadeiro também não,
apenas a face terna de um vento, forte mas nem tanto, dizendo a minha roupa, ao meus cabelos baunçados na grama outrora verde, "acalme-se, estou aqui para lhe dar um pouco de paz.
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