Fazia tempo que não assistia a um suspense, aqueles à la Hitchcock, cheio de músicas sombrias, fotografias tenebrosas e frases confusas. A ilha do medo, de Martin Scorsese foi assim. A príncipio acreditava que seria um policial com toques de terror, com sustinhos ao longo do filme. Afinal, era o que dizia no folhetinho de resumos do cinema. Me enganei. A película é baseada na novela de Dennis Lehane e conta a história de dois policiais federais enviados a uma "ilha-presídio-psiquiátrico" para desvendar o desaparecimento de uma prisioneira. A vida deles muda ao entrar na ilha, onde sofrem diversos contratempos, como um furacão.
A fotografia é puxada para o cinza e o preto, com retoques de azul, para deixá-lo tenso, o religioso aparece em alguns momentos - uma assinatura de Scorsese, em bora sutil, ela surge em forma de perguntas ou até mesmo em imagens ditas por si só, basta prestar atenção que você verá lá. A música o deixa apreensivo, os toques longos seguidos por melodias curtas me deixou um pouco nervosa, mas me davam a sensação de que algo ruim ia acontecer com o personagem. (Foi o que senti desde o início do filme, o que me deixou um pouco decepcionada, é meio previsível isso, mas nada que impessa uma ida ao cinema mais próximo para assistí-lo).
Eu, particularmente, adorei o filme, me senti puxada pela história, embora um pouco confusa, é verdade, mas cheia de fatos e meia verades que me deram a sensação de uma "homenagem" aos filmes "hitchcockianos", novemente, digo, assistam! =)
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