sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Apenas dê carinho para a criança branca. Deixe que ela apanhe dos brancos. Brancos adoram bater em seus filhos." Minny Jackson

"O preconceito está inserido dentro da pele". Isso, eu ouvia muito quando mais nova. E foi exatamente essa frase que veio na minha cabeça quando assisti ao filme Histórias Cruzadas (The Help), de Tate Taylor. Filme ambientado na década de 60 - momento de luta dos direitos civis dos negros nos EUA - traz de forma certeira, sendo ao mesmo tempo delicada, a questão racial que o país vinha passando.
A fotografia é muito bonita, e a preocupacao nos detalhes também foi um ponto que me chamou a atenção. O racismo é debatido em cada frame da película. Seja pelos diálogos entre os personagens, seja por um detalhe colocado ali na cena propositalmente. Viola Davis que dá vida a Aibileen Clark, e Octavia Spencer, Minny Jackson, estão perfeitas na atuação, dando forca aos personagens.
A trama e rodada toda em torno do racismo e do preconceito quanto a ser negro e comeca justamente quando uma jovem, branca, volta recem formada da faculdade e com ideias para virar uma grande escritora. Sua ideia pula em seu colo, literalmente, apos se debater com toda a forma que suas amigas tratam as empregadas. Com isso, ela parte para uma chance de fazer com essas mulheres trabalhadoras, e sofredoras, tenham uma voz. Algo arriscado para uma Mississipi dos anos 60, mas que da coragem a essas mulheres que querem apenas que sejam tratadas como iguais.
Estou tentando não causar spoillers mas é difícil não faze-lo. Primeiro, porque fiquei tão tocada com o filme que ainda continuo refletindo e lutando dentro dessa pequenina cabeça já faz uma semana. A princípio, quando decidi assisti-lo, sem ver sinopse ao algo do gênero, pensava que seria apenas um filme para refletir. Mas sai de lá em lágrimas, revoltada com todo o preconceito, com todo o tratamento que os personagens sofriam. 
Recomendo muito que assistam e que vejam com seus olhos e reflitam sobre uma questão que até hoje vive em nosso dia a dia. Sim, porque, embora, tenha sido ambientado nos anos sessenta ele e tão atual que qualquer novela ou livro que retrate a nossa época atual.

Trailer filme Histórias Cruzadas, preconceito imbutido numa sociedade alienada com a vida fora de casa.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

VULCÕES













Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal 
Não tem a lividez sinistra da montanha 
Quando a noite a inunda dum manto sem igual 
De neve branca e fria onde o luar se banha. 
No entanto que fogo, que lavas, a montanha 
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro...e que paixão tamanha 
A fria neve envolve em seu vestido ideal! 
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões 
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões... 
Assim quando eu te falo alegre, friamente, 
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha 
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!

Florbela Espanca, A Mensageira das Violetas

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sentimentos sao....

Gente, como faz quando volta a se apaixonar por um filme da infância? 
A Bela e A Fera esta em cartaz nos cinemas novamente e agora com a facilidade 3D. Logicamente eu já fiquei interessada em assistir, ate porque e um dos filmes que mais me emocionei, e porque nãome apaixonei (?). Com a meta de assistir a qualquer custo nos cinemas, partir para essa empreitada na semana passada. Sim, eu posso assistir e me emocionei e ri muito com filme, exatamente como quando eu criança. Foi bom ver como certas coisas não mudam.
Bem vamos ao aspecto que me fez escrever o post. Sempre há um. Como eu sempre vejo animação, seja ela japonesa, americana, brasuca ou europeia, ocorre de me deparar com a sala de exibição lotada de crianças. Dessa vez, exclusivamente, foi diferente! Estava cheia sim, lotada ate, mas de mulheres da minha faixa etária. Imagina uma pessoa feliz. Yeah, essa era eu quando vejo um monte de adultos se amontoando nas cadeiras para ver ao filme de sua infância. A maioria delas estava sozinha, mas havia sim uma parcela de mães com suas filhas, já iniciando-as no caminho do glorioso conto de fadas.  
Ao terminar a sessão, todas aquelas mulheres, carregando suas bolsas e andando de salto saíram de la comentando sobre a Bela e a Fera e a comparando com a A Pequena Sereia, outro sucesso da Disney.
Foi um dia que vai ficar marcado, porque clássicos como esse não mudam, e embora você diga que já esta velho para desenhos, os melhores sempre ficam ali marcados em você.


Para quem não conhece a essa historia vamos a um simples resuminho. Ela conta, como em flash, ou trailler, se você preferir, a historia de Bela, uma menina doce, gentil, humilde, que se entrega de coração ao mundo dos livros. Filha de um inventor, ela acaba presa em um castelo amaldiçoado. Dentro dele vivem seres falantes, não qualquer ser, mas xícaras, espanador, relógio e ate um candelabro! Alem dos seres há também um grande monstro, de aspecto repugnante e assustador, conhecido como Fera. O enredo e embasado num conto francês antigo mas ganhou novas cores para encantar não só as crianças como também aos adultos.
O filme fez muito sucesso na época sendo o primeiro a ganhar o Oscar de melhor filme e também um Globo de Ouro em 1991. Nele, foram usados técnicas inovadoras para a época, como o uso de CGI e o de CAPS (sistema de cor automatizado). Você pode acompanhar o uso de CGI melhor assistindo a cena do baile.

Cena do baile do filme A Bela e A Fera, usando o CGI para criar um ambiente entre o desenho 2D e o ambiente computadorizado. Foi considerado uma das mais difíceis de ser feita na época, mas rende ate hoje muitos de suspiros.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Extasiada....^_^

Resolvi escrever um novo post só por conta desse trailer. Eu me apaixonei! Ainda não tive a oportunidade de ler os livros, mas eles já estão na minha lista de desejos desse ano. E ainda mais agora depois desse trailer sensacional!
Estava eu no meu dia de cinema ontem, indo assistir a Sherlock Holmes, quando o único trailer exibido por eles é rodado. Foram oito minutos de puro extase! Estou extremamente curiosa quanto ao filme agora, e ainda mais com o livro também. (Preciso encontrá-los e lê-los o quanto antes >.<') 
O trailer/curta dessa película foi muito bem montada, o que normalmente me chama a atenção em filmes e afins - a mixagem entre som e vídeo. Sou uma grande apaixonada por essa arte (e sim você precisa saber fazer direito para que ela fique de uma forma que fisgue o telespectador). E foi o caso de amor a primeira vista. 
Millenium, Os homens que não amavam as mulheres (The girl with the Dragon Tattoo), estrelando o sempre James Bond Daniel, Craig, pertence a uma triologia escrita por Stieg Larsson. A história se passa na Suécia, onde um jornalista, instigado por um empresário, resolve investigar e escrever sobre um assassinato ocorrido 40 anos atrás numa ilha. O negócio é que o assassino nunca foi encontrado e é possível que ele possa ainda estar morando nessa região!
A trama é bem amarrada, e chegou a ganhar prêmios como o British Awards. Os direitos dos livros estão em posse de uma produtora sueca, sendo que a família do escritor pode analisar de perto o material que está produzido por Hollywood. 
E claro, para deixar vocês tanta vontade quanto eu, irei deixar aqui o trailer.


Entenderam um pouquinho da minha extrema curiosidade por eles?  =3

fontes: http://millenniumtrilogy.wikia.com/wiki/The_Girl_with_the_Dragon_Tattoo_(2011_movie)
          http://www.dragontattoo.com/site/

Meu caro Watson

Ontem foi dia de cinema! Quer dizer, recebi um convite e aceitei, afinal assistir a um filme bacana em boa  companhia não tem preço. O escolhido da noite foi Sherlock Holmes, O jogo de sombras(Sherlock Holmes, A game of Shadows), dirigido por Guy Richie. 
O que posso dizer... ele é bacana, com uma edição cheia de adrenalina e piadas ácidas, típicas do diretor. Adorei o formato do filme, e como a Ana Paula falou, bem ao esquema de seus antigos sucessos, a la Snatch: porcos e diamantes (Snatch). A película é cheia de menção aos livros de Sir Conan Doyle, uma homenagem que posso permitir justa, levando em consideração que estamos falando de filmes hollywoodianos. O personagem, embora muitos tenham dito que está muito à Jack Sparrow, não achei. Para mim continua o mesmo do anterior, falastrão, louco, inconsequente (?). 
E parceria Downey Jr/Jude Law está perfeita! 
Recomendo o filme, não por ser fã do detetive britânico mais genial de todos os tempos, mas por acreditar que essa segunda parte da história (ela é uma continuação da primeira de 2009) merece uma atenção quanto a música e a edição, além é claro da atuação dos atores.

Água na boca para vocês: